Revista Parva Scientia
Bor de mer au Havre au clair de lune (Alfred Stevens, 1883).
Há no histórico uma dimensão afetiva
A densidade esfumaçada dos homens de ação
Há no historiador uma pretensão de verdade
De um significado que pouco a pouco, sublima-se
Parece que o espírito está na letra, que expressa-se
Parece que a totalidade está na renúncia
E há nos momentos, um pairar contínuo da ruína
Há nos séculos, um solipsismo de fraturas
A armadilha do presente, o disparate do olhar
O estratagema da vida, a combinatória dos eventos
O sonho é como a obra, oculta-se
Desaparece sob o tempo que o suscitou
E nas trevas da história universal
Dissolve-se e eterniza-se, sem contradição
Guilherme P. Seidel